segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Os Espíritos não podem tudo revelar!

[A Gênese - cap. I:60]

Os Espíritos não se manifestam para libertar do estudo e das pesquisas o homem, nem para lhes transmitirem, inteiramente pronta, nenhuma Ciência. Com relação ao que o homem pode achar por si mesmo, eles o deixam entregue às suas próprias forças. Isso sabem-no hoje perfeitamente os espíritas. De há muito, a experiência há demonstrado ser errôneo atribuir-se aos espíritos todo o saber e toda a sabedoria e supor-se que baste a quem quer que seja dirigir-se ao primeiro Espírito que se apresente para conhecer todas as coisas. Saídos da Humanidade, eles constituem uma de suas faces. Assim como na Terra, no plano invisível também os há superiores e vulgares; muitos, pois, que, cientifica e filosoficamente, sabem menos do que certos homens; eles DIZEM O QUE SABEM, NEM MAIS NEM MENOS, Do mesmo modo que os homens, os Espíritos mais adiantados podem instruir-nos sobre maior porção de coisas, dar-nos opiniões mais judiciosas, do que os atrasados. Pedir o homem conselho aos Espíritos não é entrar em entendimento com potências sobrenaturais, mas sim a seus iguais, àquelas mesmas pessoas a quem nos teríamos dirigidos em vida; a seus pais, a seus amigos, ou a indivíduos mais esclarecidos que nós. Eis, pois, o que é importante de persuadir-nos, sendo este um ponto ignorado por aqueles que, não havendo estudado o Espiritismo, fazem para mesmos uma idéia completamente falsa sobre a natureza do mundo dos Espíritos e das relações de além túmulo.
Convém manifestarmos nosso desapontamento com aqueles que se declaram espíritas, mas que ignoram ou fingem ignorar, ou interpretam de acordo com suas conveniências. O que diz o prof. José Herculano Pires a propósito?
[A Pedra e o Joio - José Herculano Pires]
O simbolo da pedra de toque é usado (...) para representar a Codificação do Espiritismo. Qualquer novidade que apareça no meio doutrinária pode revelar a sua legitimidade ou a sua falsidade num simples toque dos seus princípios com os da doutrina codificada. Na crítica aprofudanda que faz da Teoria Corpuscular do Espiritismo oferece um modelo seguro de análise que devem ser submetidas todas as inovações propostas. De posse desse modelo os estudiosos terão um roteiro eficiente para sua orientação no uso do bom senso e da razão crítica.A palavra crítica é aqui usada no sentido clássico de avaliação de uma obra ou de uma teoria e não no sentido popular de censura ou maledicência. A crítica como avaliação é indispensável ao desenvolvimento da cultura, ao aprimoramento da inteligência. Sem a justa apreciação de livros e doutrinas estamos sujeitos a enganos que nos levarão a situações desastrosas. Há doutrinas apresentadas com roupagem literária e científica enganadora. Precisamos despí-las para chegar à verdade que, segundo a tradição, só pode ser conhecida em sua nudez.O joio é uma excelente de gramínea que nasce no meio do trigo, prejudicando a seara. No Evangelho ele aparece como símbolo de doutrinas errôneas. O autor utilizou dessa imagem para caracterizar as pretensas renovações doutrinárias que surgem no meio espírita. Passa em revista as que mais se destacam no momento, advertindo o leitor contra os perigos que apresentam, e aprofunda a sua crítica, de maneira minuciosa e severa, ao tratar da que lhe parece mais representativa.
Seu objetivo é mostrar a necessidade de encarar-se o Espiritismo como doutrina apoiada em métodos seguros de pesquisa e interpretação da realidade, que não pode ser tratada com leviandade. Oferece ao leitor uma exposição do método de Kardec, até hoje praticamente não analisado, e chama a atenção dos estudiosos para a importância de conhecerem esse método, a fim de não se deixarem enganar pelo joio e poderem examinar de maneira eficaz as novidades que surgem no meio doutrinário.
O movimento espírita brasileiro ignora Kardec quando se trata aplicar suas recomendações . Tudo se publica sem exame diante da pedra de toque. Então por que aceitar a informação de que "os exilados vieram de Capella" sem o devido exame? A alegação de que Emmanuel é um Espírito puro ou superior não é suficiente, como vimos em um outro momento.
Não se justifica nenhuma reação adversa quanto às nossas ponderações arrazoadas quando constituem um juízo centrado na mais estrita lógica doutrinária espírita, perfeitamente de acordo com as obras balizadoras – únicas quando se trata de traçar a linha metodológica a ser seguida no trabalho da crítica espírita. Por hora estamos apresentando as referências doutrinárias como ponto de partida para a defesa das idéias que abraçamos, antes de desenvolvermos as razões científicas que por si bastariam para provar a impossibilidade de existência de exoplanetas e conseqüentemente de vida orgânica em qualquer das estrelas capelinas existentes.

Por acaso, quando se trata de identificar qual, ou quais mundos são habitados por inteligências algo semelhantes aos dos humanos terráqueos, não se trata de guiar descobertas que competem à Ciência? Não envereda o autor espiritual por caminhos que fogem à sua competência? Não vejo razão alguma para desprezarmos Kardec tão somente por se tratar de um trabalho de crítica que afeta Emmanuel e seu famoso médium. Mais uma vez citamos Erasto: “É necessário distinguir as comunicações verdadeiramente sérias das comunicações falsamente sérias, o que nem sempre é fácil, porque é graças à própria gravidade da linguagem que certos Espíritos presunçosos ou pseudo-sábios tentam impor as suas idéias mais falsas e os sistemas mais absurdos. E, para se fazerem mais aceitos e se darem maior importância, eles não têm escrúpulos de se adornar com os nomes mais respeitáveis e mesmo os mais venerados.” Allan Kardec muito insistiu num ponto, que convém relembrarmos: “Já dissemo-lo cem vezes: PARA NÓS A OPINIÃO DE UM ESPÍRITO, SEJA QUAL FOR O NOME QUE A TRAGA, TEM APENAS O VALOR DE UMA OPINIÃO PESSOAL. Nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma lógica rigorosa, para as coisas que não podemos controlar com os próprios olhos. De que nos serviria prematuramente dar uma doutrina como verdade absoluta, se, mais tarde, devesse ela ser combatida pela generalidade dos Espíritos?

Ecoa em nossas mentes, sem cessar, as recomendações que foram inseridas na Codificação, não por acaso, ou apenas para preencher lacunas em algumas páginas mas, para nos mantermos atentos com “... os ditados mentirosos e astuciosos, emanados de uma turba de Espíritos enganadores, imperfeitos e maus.” E exortou a todos “... a desconfiar das comunicações que têm um caráter de misticismo, ou que prescrevem cerimônias e atos bizarros porque então há um motivo legítimo de suspeita”, pois, “quando uma verdade deve ser revelada à Humanidade, é, por assim dizer, instantaneamente comunicada em todos os grupos sérios que possuem médiuns sérios.” Mas a seriedade, o histórico revelador de muitos anos dedicados à causa espírita, tanto no aspecto social e assistencial como em sua divulgação e propagação, não se apresenta como elemento que possa garantir qualquer infalibilidade no campo das idéias.



Os Espíritos, de fato, não podem tudo revelar e não são infalíveis. Usar o argumento de que são Espíritos perfeitos é outro erro de juízo cuja fragilidade fica evidente quando indagamos sobre uma questão de mérito: pode uma criança no rudimento de seus estudos de aritmética julgar a excelência de um Doutor ou de um PHD em álgebra abstrata ou em Cálculo avançado? Claro que não. Do mesmo modo como é possível, Espíritos ainda tão primários, julgar a excelência de algum outro Espírito classificando-o como perfeito ou como próximo da perfeição, se não dispõe do conhecimento indispensável que lhe garanta um referencial de perfeição somente do conhecimento de outro Espírito perfeito e de Deus?

“Que pensaríeis de um homem que se erigisse em censor de uma obra literária sem conhecer literatura? De um quadro sem ter estudado pintura? É de uma lógica elementar que o crítico deva conhecer, não superficialmente, mas a fundo, aquilo de que fala. Sem o que sua opinião não tem valor.” – Allan Kardec (O que é o Espiritismo).



Para tratar de assuntos de Astronomia o mínimo exigido é que o crítico tenha um conhecimento razoável da ciência, principalmente de sua metodologia. Astronomia significa, etimologicamente falando, “a Lei das Estrelas” (do Grego: άστρο + νόμος), qualquer que seja o juízo que se deseja apresentar. É uma ciência que envolve a observação e a explicação de eventos que ocorrem fora dos domínios da Terra. Estuda a origem planetária, a evolução e propriedades físicas e químicas de tudo que pode ser observado direta ou indiretamente no espaço cósmico, bem como todos os processos que os envolvem.



“Para combater um cálculo, é preciso opor-lhe outro cálculo, mas, para isso, é preciso saber calcular. O crítico não deve se limitar a dizer que tal coisa é boa ou má; é preciso que ele justifique sua opinião por uma demonstração clara e categórica, baseada sobre os próprios princípios da arte ou da ciência. Como poderá fazê-lo quem ignora esses princípios? Poderíeis apreciar as qualidades e os defeitos de uma máquina se vós não conheceis a mecânica?”



Nossa crítica é orientada com base no pensamento kardeciano. Não deixaremos de examinar todas as ponderações que venham a ser feitas em oposição ao que defendemos, mas abraçaremos com cuidado e zelo às que venham a ser formuladas por estudiosos das “Leis das Estrelas”, desde que constituam tentativas para nos provar qualquer erro.


terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Os Exilados não são de Capella - Parte I

Comunidade "Os Exilados não são de Capella", do novo Orkut, acione o lik ou copie e cole, para entrar e participar:


Mais difícil do que convencer alguém a aceitar novos conceitos é convencer alguém a “se livrar” dos velhos.

A imobilidade, em lugar de ser uma força, se torna uma causa de fraqueza e de ruína para quem não segue o movimento geral; ela rompe a unidade, porque aqueles que querem ir adiante se separam daqueles que se obstinam em permanecer para trás.
Predições do Evangelho – Gênese: Cap. XVII

SOBRE A CRÍTICA ESPÍRITA

DEUS nos deu julgamento e bom senso para nos servirmos deles. Os Espíritos superiores são os primeiros a recomendar-nos sempre o procedimento judicatório, e nos dão com isso prova de sua superioridade. Longe de se formalizarem com a CRÍTICA, pedem-na incessantemente. Só os Espíritos inferiores pretendem impor autoridade e fazer aceitar tudo quanto dizem – e dizem, não raro, verdadeiras utopias – como se a qualidade de Espírito conferisse méritos que não possuem ou fosse bastante para se fazerem acreditar sob palavra. É que eles sabem muito bem que tudo têm a perder quando suas palavras são submetidas a exame.

(Revue Spirite – 1860 – pág. 108)‏

Bem às avessas, um número considerável de dirigentes e frequentadores de instituições espíritas condena a crítica, principalmente quando ela é dirigida a obras de médiuns famosos e a textos atribuídos a Espíritos tidos como notáveis. Há um pouco mais de um ano, um diretor de uma emissora espírita simplesmente proibiu que qualquer matéria discutindo a possibilidade real de Espíritos exilados não terem se originado de Capella, fosse discutido em qualquer programa. Coisa incompreensível para um Espírita; sem dúvida um ato de violência cometida contra a própria filosofia espírita - segundo Antonio Genovesi, famoso filósofo do século XVIII, "A pior violência que se pode cometer contra o filósofo é impedi-lo de falar."

Mas o filósofo não se cala enquanto os fatos que provam seu erro não lhe bastam. O melhor caminho é deixá-lo falar do juízo que formulou, pois, a razão se demonstra e não se impõe por outra força que não sejam os argumentos, a lógica e a coerência.

Separar o verdadeiro do falso, descobrir a embustice oculta sob um aparato de frases empoladas, desmascarar impostores, eis, sem contradita, uma das maiores dificuldades da Ciência Espírita. Para superá-la é necessário longa experiência, conhecer todas as velhacarias de que são capazes os Espíritos de baixa classe, ter muita prudência, ver as coisas com o mais imperturbável sangue frio, e resguardar-se, principalmente, do entusiasmo que cega. (Revue Spirite – 1859 – pág. 177)‏

A verdade, eis a única coisa em mira. A crítica, portanto, deve ser prazeirosamente aceita pelos Espíritos quando são superiores, pois, de duas uma: ou estão seguros do que sustentam e têm assim elementos para nos dar em discussão a evidência de que nescessecitamos, ou não estão ainda bem esclarecidos sobre o ponto em estudo e podem, discutindo, aprender conosco. A instrução pode ser recíproca. Se os homens podem instruir-se com os Espíritos, também estes podem instruir-se com os homens.

Somam-se ao desconhecimento da metodologia utilizada na Codificação Espírita, a confiança exagerada que se depositam nos Espíritos e nos médiuns. É muito difícil, num ditado que se apresenta como mediúnico, separar o que vem da mente do médium da ideia transmitida pelo Espírito. Por que então necessita o médium aprimorar-se no estilo e na forma de pensar do Espírito, principalmente quando se trata de um Espírito cuja última existência na Terra é conhecida? Justificar o desdém com a análise crítica de qualquer obra alegando ser ela de autoria de Espíritos que não erram, que são "superiores" ou "perfeito", ou que o médium é reencarnação de Allan Kardec, é inaceitável porque fere o próprio código Espírita.

O grande critério do ensinamento dado pelos Espíritos superiores é a Lógica. Temos motivos para não aceitar levianamente todas as teorias dadas pelos Espíritos. Quando surge uma teoria nova, fechamo-nos no papel de observador; fazemos abstração de sua origem espírita, sem nos deixar ofuscar pelo brilho de nomes pomposos; examinamo-la como se emanasse de simples mortal; procuramos ver se ela é racional, se dá conta de tudo, se resolve todas as dificuldades. (Revue Spirite – 1860 – pág. 108)

JULGAMOS. COMPARAMOS. TIRAMOS CONSEQÜÊNCIAS de nossas observações. Seus erros mesmo são para nós ensinamentos. Não fazemos renúncia de nosso discernimento (Revue Spirite – 1860 – pág. 176). OBSERVAR, JULGAR e COMPARAR , tal é a regra constante que tenho seguido (Obras Póstumas). Trabalho com os Espíritos como trabalho com os homens; são para mim do mais humilde ao mais graduado, instrumentos de meu aprendizado e, não reveladores predestinados. (Obras Póstumas)

Allan Kardec, quando decidia em prol de uma doutrina, fazia-o com tamanha segurança que ninguém, encarnado ou desencarnado, seria capaz de levá-lo a reconsiderar, pois havia eliminado todos os argumentos em contrário.

Muito ao contrário, o “Espiritismo à Brasileira” ou, como queiram, “Às avessas” não consideram esses cuidados. Convém lembrarmos Dora Incontri em seu livro “Kardec Educador Rivail” que com muita lucidez afirma: “ ... é preciso considerar que existem claramente duas tendências no movimento espírita brasileiro: a mais popular, que se tornou massa de crítica nas últimas décadas, praticada na maior parte dos centros espíritas e nas obras sociais que levam o rótulo de espírita, tem um perfil politicamente conservador e socialmente assistencialista. Realizando quase um sincretismo com a herança católica, essa tendência é criticada pela outra face do espiritismo brasileiro, representada entre outros pelo jornalista e filósofo J. Herculano Pires.” Os que se alinham na primeira terão muita dificuldade para compreenderem a seriedade desta exposição de motivos que nega de forma peremptória a possibilidade de algum Espírito originário de Capella tenha em qualquer época se exilado na Terra – suas crenças oscilam entre a fé cega e dogmática ainda presente como marcante influência católica e a ciência que colocam como fé raciocinada.

Vamos então examinar a questão mais detidamente sem dar importância a opinião da maioria dos adeptos do primeiro segmento do espiritismo brasileiro, uma vez que, para a ciência não tem valor algum

Logo abaixo temos :

o frontispício da obra “A Caminho da Luz” - a primeira a sustentar a opinião de que Espíritos originados de Capella tenham se exilado no planeta Terra. No Antilóquio da obra, o Espírito que se apresenta como sendo Emmanuel, assim se expressa:

"Não deverá ser este um trabalho histórico. A história do mundo está compilada e feita. Nossa contribuição será à tese religiosa, elucidando a influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres."

A contradição com o frontispício da obra é visível: embora tenha afirmado no subtítulo que se trata da História da Civilização, ele nega que a obra seja um trabalho histórico. Outro erro está em afirmar que a história do mundo está compilada e feita, qualquer historiador pode apresentar fatos que demonstrem justamente o contrário: a história está sempre sendo reescrita a cada nova descoberta arqueológica. As interpretações do autor referem-se ao conhecimento existente na década iniciada em 1930 e que hoje precisam ser revistas.


Há também algumas informações científicas hoje descartadas em função de novas descobertas e da formulação de novos e mais precisos conceitos. Veremos alguns exemplos.

"A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendeu da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmgônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção"

De fato, considera-se que a Terra se formou de uma nebulosa. Uma nebulosa planetária é um objeto constituído por um invólucro brilhante de gases e plasma, formado por certos tipos de estrelas no período final do seu ciclo de vida. Não está de todo relacionada com planetas, uma vez que seu nome resulta de uma suposta similitude com a aparência que apresenta em muitos casos com planetas gigantes gasosos. As nebulosas desempenham um importante papel na evolução química das estrelas e até mesmo das galáxias. É rica em carbono, azoto, oxigênio e cálcio, originários de nucleossíntese a partir do hidrogênio. Portanto, o Sol, os planetas e tudo mais que existe no sistema solar tem sua origem a partir de nuvens de gás e poeira cósmica, em torno das quais foram agregando-se, materiais sólidos vindos de choques e fragmentos de rochas cada vez maiores provenientes dos restos de outros corpos que existiram muito antes. Uma combinação de elementos químicos, onde o hidrogênio tem predominância quase que total, gerou o intenso calor, observado na Terra nos seus primeiros milênios de existência - o hidrogênio lá estava presente.


Ao lado, observamos a morte de uma estrela - é como grandes quantidades de matéria (rochas e gases) se espalham pelo Universo. Como no Universo nada se cria, tudo se transforma ... um dia toda essa matéria fará parte de uma outra estrela, planeta, cometa ou outro astro.


'Depois de formada, a estrela não sofre durante maior parte de sua vida, alterações significativas em sua massa e em seu volume. Nosso Sol tem permanecido como está por muitos bilhões de anos. Mas, um dia, acaba o combustível da estrela e ela não tem mais o que queimar e as camadas próximas ao seu centro não suportam mais o peso e começam a se precipitar para o interior de forma vestiginosa. A temperatura aumenta e a produção de energia torna-se muito mais acentuada e as camadas mais externas são então empurradas para fora, a estrela fica mais volumosa, menos densa, e sua superficie fica mais fria, até que ela atinge o estágio de gigante vermelha. Betelgeuse é um bom exemplo - ela encontra-se na constelação de Orion, bem próximo ao conjunto etelar conhecido como "Três Marias".


As estrelas não morrem todas do mesmo jeito, nem a duração de vida é a mesma para todas elas. As de maiores massas vivem menos, gastam mais rapidamente seu combustível; algumas chegam a viver apenas 1 milhão de anos; as de menos massa como o nosso Sol chegam a ultrapassar 10 bilhões de anos..

A morte de uma estrela de muita massa, digamos 8 ou mais vezes a massa solar, tem morte violenta e espetacular. Geralmente explode, formando uma supernova: a parte externa se rompe e acaba sendo expulsa para fora e as camadas mais próximas do núcleo implodem contraindo-se e compactando-se. O núcleo fica pequeno e denso, a ponto de uma extensão de matéria tal como uma agulha de mão pode ter o mesmo peso de um edifício como uma das torres gêmeas derrubada durante o atentado de 11 de setembro.

Outro fato, digno de observação, no texto extraído do livro “A Caminho da Luz” é a informação que antecipava a vinda de Jesus à face da Terra.

Que Espírito poderia ter tal informação?

E onde foi parar a universalidade da informação?

É confiável o que vem de um único Espírito?

Um Espírito comum poderia ter o privilégio de conhecer os designios divinos a ponto de notificar a vinda de um Espírito de tal envergadura para presidir os destinos espirituais da humanidade planetária?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Parte 4: Sobre as Obras "Espíritas" ?

Os defensores da hipótese de que Espíritos tenham se exilado na Terra são numerosos, invariavelmente todos não têm o menor conhecimento de Astronomia e de Química. Os livros publicados a respeito exploram a fantasia das pessoas, ou são obras de ficção ou são obras do tipo "realismo fantástico" no mais puro estilo de "Eram os Deuses Astronautas?". Logo abaixo mostramos alguns dos livros muito citados pelos espíritas brasileiros que defendem a idéia sustentada inicialmente por Emmanuel.





Uma simples leitura da Introdução e o primeiro capítulo do livro "A Gênese" considero suficiente para rejeitar qualquer obra que posicione numa carta celeste qualquer planeta como sendo o berço de Espíritos que tenham se exilado na Terra.



Os mesmos escrupulos havendo presidido a redação das nossas outras obras, pudemos, com toda verdade, dizê-las: segundo o Espiritismo, porque estávamos certos da conformidade delas com o ensino geral dos Espíritos. O mesmo sucede com esta (referindo ao livro A Gênese), que podemos, por motivos semelhantes, apresentar como complemento das que a precederam, com exceção, todavia, de algumas teorias ainda hipotéticas, que tivemos o cuidado de indicar como tais e que devem ser consideradas simples opiniões pessoais. Enquanto não forem confirmadas ou contraditadas, a fim de que não pese sobre a doutrina a responsabilidade delas.

Meus diletos amigos e simpatizantes do Espiritismo, é preciso ter muito cuidado quando se trata de defender essa ou aquela idéia como sendo Espírita. Kardec foi cuidadoso e desconsiderou, da Revista Espírita,

muitas informações que não passavam de concepções dos Espíritos comunicantes, como também desvaneios dos médiuns. Coisas como "A Vida no planeta Júpiter", "A Casa de Mozart", entre outras, foram deixadas de lado - não passaram na apreciação lógica e racional do grupo responsável pelo exame das mensagens. Por exemplo, eles não tinham como comprovar a existência de vida nos planetas citados. Então porque, agora, podemos assegurar que tenha existido ou que ainda exista uma civilização humana num planeta orbitando Capella. Por acaso existe algum planeta rochoso gravitando em torno de Capella? Quem descobriu os planetas capelinos?




Aliás, os leitores assíduos da Revue hão tido ensejo de notar, sem dúvida, em forma de esboços, a maioria das idéias desenvolvidas aqui nesta obra (O Livro A Gênese), conforme o fizemos, com relação às anteriores. A Revue, muita vez, REPRESENTA PARA NÓS UM TERRENO DE ENSAIO, destinado a SONDAR A OPINIÃO DOS HOMENS e dos ESPÍRITOS sobre alguns princípios, antes de os admitir como partes constitutivas da doutrina.

Não há nada a acrescentar.


Não é exatamente o que pode se esperar das obras ilustradas acima. Os assuntos tratados em “La Revista Espírita” não deixam qualquer dúvida sobre sua qualidade duvidosa. Nenhuma delas tem qualquer compromisso com os critérios aplicados por Kardec na Codificação Espírita: faltam a Universalidade e a aprovação da lógica e do bom senso.

A Saga dos Capelinos é uma obra de ficção adotada por alguns espíritas para "provar" a hipótese de Emmanuel.

Planetas Capelinos ou planetas de um jogo de video game?


















Os defensores de “Os Exilados de Capella” em sua totalidade não agem como bons juízes uma vez que opinam sobre coisas que não são de sua competência. Diz Kardec: “Se quereis construir uma casa, procurais um músico? Se estivésseis doente vos faríeis cuidar por um arquiteto? Se tivésseis um processo, procuraríeis a opinião de um dançarino? Enfim, se se trata de uma questão de teologia, a fareis resolver por um químico ou por um astrônomo? Não; cada um em seu trabalho. As ciências vulgares repousam sobre as propriedades da matéria que se pode manipular à vontade, e os fenômenos que ela produz têm por agentes as forças materiais.” Uma crença verdadeiramente espírita apóia-se sobre o raciocínio e sobre os fatos. E os fatos depõem contra a hipótese de que alguns Espíritos tenham vindo se exilar na Terra, vindos de Capella


Um grande número de obras, publicadas com o rótulo Espírita não o são de fato, uma vez que em momento algum foram avaliadas e comparadas com a Codificação Kardeciana, ou submetidas a mais estrita lógica. O que dizer de uma obra que se apresenta como sendo inspirada pelo Espírito Erasto, mas que não passa de um arremedo para encobrir uma teoria defendida há tempos no gênero mais escabroso de “Eram os Deuses Astronautas?”.


SOBRE A REVELAÇÃO




"A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a VERDADE. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato; se é falso, já não é um fato e, por conseqüência, NÃO EXISTE REVELAÇÃO. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dEle: deve ser considerada produto de uma concepção humana."


(Allan Kardec in A GÊNESE, cap. I, item 3, Caracteres da Revelação Espírita)

Erasto, em O Livro dos Médiuns, chama a atenção dos dirigentes de grupos, centros e instituições espíritas, para que sejam cautelosos, vigilantes, estudiosos e que tenham senso apurado e sagacidade acentuada, para poderem agir com discernimento quanto a escolha das comunicações autênticas, mas, sobretudo para tratar respeitosamente os que se deixam iludir, uma vez que, têm a responsabilidade de esclarecer ao mesmo tempo consolar:

“Na dúvida, abstém-te, diz um sábio provérbio antigo. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência negável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a sempre pelo crivo da razão e da lógica. O que o bom-senso e a razão reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.” (LM, parte II – cap. XX: 30).

A missão dos espíritas fica claramente definida quando Erasto afirma: “... cuidado, porque entre os chamados para o Espiritismo, muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho e buscai a verdade”. (LM – parte II – cap. XX: 04)

Acrescentamos ainda alguns esclarecimentos dados por Kardec com base em uma comunicação obtida a respeito do caminho a ser trilhado até que a doutrina espírita conquiste sua maturidade: “Os espíritas esclarecidos devem se felicitar com o fato de as falsas e contraditórias idéias se revelarem neste período inicial, pois que são combatidas, arruínam-se e se esgotam no decorrer da infância do Espiritismo. Uma vez purgado de quanto haja de indesejável, ele cintilará com um brilho mais vivo e caminhará com um passo mais firme até que tenha alcançado o seu pleno desenvolvimento.” Mais adiante ele acrescenta: “... dessas dissidências, basta observar o quanto se passa. Em que se apóiam elas? Em opiniões individuais que podem reunir algumas pessoas, pois não há idéia, por mais absurda que seja, que não encontre participante.”

“De resto o erro leva consigo, quase sempre, o seu remédio. E o seu reino, por outro lado nunca é eterno. Cedo ou tarde, enceguecido por uns poucos sucessos efêmeros, faz-se vítima de uma espécie de vertigem e curva-se ante as aberrações que precipitam sua queda. Deplorais as excentricidades de certos escritos publicados sob a cobertura do Espiritismo. Pelo contrário, devereis abençoá-los, uma vez que é por esses excessos mesmos que o erro se perde. O que é que vos choca nesses escritos? O que é que vos ocasiona repulsa e, muitas vezes, vos impede de lê-los até o fim? Exatamente o que fere, violentamente, o vosso bom senso! Se a falsidade das idéias não fosse bastante evidente, bastante chocante, talvez elas mesmas vos deixaríeis prender, enquanto que os erros tão manifestos , ferindo-vos constituíram-se em contravenenos.” (Viagem Espírita em 1862)

Por que nos preocuparmos com os erros?

Segundo Kardec, esses erros provêm quase sempre de Espíritos levianos – podendo, portanto existir algumas raras exceções. Ele adverte que entre eles se encontram os pseudo sábios, que se comprazem vendo editadas suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enleiar a ponto de fazê-los aceitar de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade em meio ao joio – fato comum, principalmente entre os médiuns neófitos. Não nos esqueçamos que o livro “A Caminho da Luz” foi escrito em 1938, quando o médium ainda era inexperiente e não contava com a supervisão segura de críticos tal como aconteceu com a Codificação Espírita.

O Codificador faz ainda uma observação de estrema relevância: “Isso me leva a dizer algumas palavras sobre as comunicações mediúnicas. A sua publicação tanto pode ser útil, se feita com discernimento, quanto perniciosa, em caso contrário. ”Quando um Espírito apresenta um ditado isolado e que não tem como se verificado imediatamente pela ciência ou pela racionalidade da prova é preciso que se tome um cuidado especial: “Não haveria nenhum inconveniente em publicar-se essas espécies de comunicações , se as fizessem acompanhar de comentários, seja para refutar os erros, seja para lembrar que constituem a expressão de uma opinião individual, da qual não se assume absolutamente a responsabilidade. Assim, talvez revelasses um lado instrutivo, pondo a descoberto a que aberrações de idéias podem se entregar certos Espíritos. Mas publicá-las pura e simplesmente, apresentá-las como expressão da verdade e garantir a autenticidade das assinaturas, que o bom senso não pode admitir, nisso está o inconveniente!” Não há como contestar Kardec em suas judiciosas, precisas e cuidadosas observações, trata-se da pedra de toque que sempre foi desprezada no primeiro alinhamento do Espiritismo à brasileira, o que se identifica mais com o catolicismo, a ponto de reeditar a infalibilidade de médiuns e de espíritos que tenham se consagrado por seus feitos. Mais uma vez recorremos ao nosso referencial maior: “No interesse da doutrina convém, pois, fazer uma escolha muito severa em semelhantes casos e pôr de lado, com cuidado, tudo quanto pode, por uma causa qualquer, produzir uma ruim impressão ...” e, mais ainda: “O Espiritismo sério se faz patrono, com alegria e apressuramento, de toda obra realizada com critério, qualquer que seja o país de onde provém, mas que igualmente, repudia todas as publicações excêntricas . Todos os espíritas que, de coração, vigiam para que a doutrina não seja comprometida, devem, pois, sem hesitação, denunciá-las, tanto mais porque, se algumas delas são produto da boa fé, outras constituem trabalho dos próprios inimigos do Espiritismo, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra ele. Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a doutrina espírita aceita daquilo que ela repudia.” (Viagem Espírita em 1862)

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terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Parte 3: De onde veio o Hidrogênio da Terra?

Dois grandes problemas científicos permanecem sem solução: o surgimento do Universo, se podemos considerar que ele tenha tido uma origem, e o marco zero da vida orgânica no planeta Terra. Para alguns problemas a Ciência tem solução satisfatória; para outros boas especulações sob a forma teórica e há o caminho da fantasia... Cada um vê o mundo e o universo com o conhecimento que construiu nesta e em outras existências.



Percorrendo o Museu de Zoologia da USP o visitante se depara com uma nebulosa, uma peça de artes plásticas, pintada na parede com seus tons roxo e pontos prateados brilhantes (foto acima). Assina a obra, Eduardo Kobra, trazendo seu toque de arte e uma história que remonta muitos bilhões de anos.
Não há quem não pare diante da peça, com seus pensamentos envolto por inúmeras questões:
"Como tudo começou?"
"Quem criou o Universo?"
"Existe Deus?"
Nem sempre o Homem consegue respostas imediatas às suas perguntas. Algumas demandam anos, lustros, decênios ou até mesmo muitos milênios. Só lhe resta se contentar com a fantasia. Assim ele criou a visão mítica do Universo. Ao lado da visão mítica existe, todavia, uma visão científica do Universo, visão essa baseada em percepções intuitivas que acabam culminando com experimentações elaboradas e custosas.


Os exilados de Capella são uma fantasia que permeia no Movimento Espírita Brasileiro e que não se sustenta quando somos levados a um estudo mais aprofundado da Astrofísica, com base nas observações mais recentes, ocorridas apartir de 1995. Veremos nas próximas postagens.






Formulamos teorias, como primeiro passo para desvendar o universo desconhecido e as coisas que envolvem a vida na Terra. A teoria da grande explosão, onde o universo teria surgido, não satisfaz, embora ainda seja defendida como a melhor opção, o melhor que se conseguiu até agora, deixa pontos importantes sem explicação e traz mais variáveis ao problema do que soluções.


Os Espíritos, como são as almas dos homens, um dia fizeram parte da humanidade, carregam consigo idéias humanas, sonhos e esperanças de, no futuro, ter resposta para tudo. Com Emmanuel não foi diferente, formulou suas teorias, escreveu romances, livros de auto-ajuda, pregou a moral ensinada por Jesus. Não se trata de um Espírito infalível, não há porque considerá-lo perfeito; portanto, não podemos dispensar suas mensagens de um exame cuidadoso, criterioso, coisa que até então nunca foi feito.

Do livro "A Caminho da Luz" extraímos:


Elizabeth Zolcsak, diretora de Difusão Cultural do Museu de Zoologia da USP explica que, a grande explosão deu origem ao primeiro átomo de HIDROGÊNIO no Universo. O HIDROGÊNIO é o mais simples dos átomos, formado por apenas um próton e um elétron.




Créditos: Márcia Soman Moraes


O Jornal da USP


Órgão da Universidade de São Paulo


Publicação da Divisão de Mídias impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.


"O Maior dos Mistérios"



Emmanuel desconhece a posição da ciência em relação à formação da Terra. O diagrama seguinte demonstra a abundância do hidrogênio no Universo, que não poderia ter surgido na Terra quando ocorreu a diferenciação da matéria ponderável. O hidrogênio já existia no momento da formação da Terra, como um dos elementos da nebulosa
O elemento mais abundante no Universo é exatamente o mais leve e simples de todos: o hidrogênio (1H1), com apenas um próton em seu núcleo. A seguir vem o hélio (4He2) com dois prótons e 2 nêutrons em seu núcleo. Cerca de 98% da massa do Universo é constituída desses dois elementos e os outros 2% reúnem todos os outros elementos químicos.

O pequeno mundo em que vivemos bem como todo o Universo é constituído de átomos. Existe no entanto, uma diferença relevante para a cosmologia: trata-se da proporção com que os elementos químicos ocorrem. Ao contrário do que acontece na Terra, predominam largamente no Universo os dois elementos mais leves: o HIDROGÊNIO e o HÉLIO. A grosso modo podemos dizer que em torno de 92% dos átomos existentes são de HIDROGÊNIO enquanto que perto de 7,8% sejam de HÉLIO e o restante, 0,2% sejam em proporção muito inferior de todos os outros elementos conhecidos reunidos.

Como os átomos interagem entre si, aglutinando-se, há uma tendência à formação de aglomerados de matéria. A Terra e os demais planetas, bem como os cometas e pequenos astros, são aglomerados com massas relativamente pequenas, se compararmos com as grandes estrelas massivas.

O Universo não é estático. Edwin Hubble (viveu entre 1889 e 1953) foi o responsável pela negação definitiva do modelo estático do Universo. A partir daí conseguimos contruir a imagem de um Universo em contínua expansão, com todas as galáxias afaastando-se umas das outras. Se acontece algo dinâmico com o macracosmos, porque não haveria de estar acontecendo o mesmo com as estruturas do microcosmos? Somos então levados a considerar a idéia de um universo primordial, ou pelo menos de "zonas" primordiais encravadas no Universo, extremamente quentes, resultante de grandes explosões. Os constituintes do universo localizado de então, não poderiam ser os mesmos

que encontramos hoje na Terra ou em qualquer planeta do Sistema solar. Em temperaturas da ordem de de 10000 K, as moléculas se dissociam em suas partes elementares. Acima de uma temperatura mil vezes maior, elétrons e núcleos atômicos se separam. E a uma temperatura ainda maior, cerca de 10¹¹ K, elétrons, prótons, nêutrons, fótons e neutrinos, encontram-se liberados e não existe mais núcleo atômico. A uma temperatura cem mil vezes maior que a anterior, os bosons, quarks e leptons estão livres e aí não existem prótons, elétrons ou neutrons.


Para entender a origem do Hidrogênio precisamos penetrar nos domínios da Física que se dedica à investigação do comportamento das partículas elementares e das subpartículas, mergulhando de vez nos domínios do estudo da síntese nuclear.


Convém dizer simplesmente que a Terra foi formada de uma nebulosa constituída basicamente de Hidrogênio e de "poeira estelar", deste modo, o hidrogênio não poderia ter surgido após sua solidificação - ele já estava lá desde a origem do planeta.








domingo, 23 de dezembro de 2007

Parte 2: Dos erros científicos

Algumas informações científicas dadas pelo Espírito Emmanuel não são verdadeiras. Sei quanta contrariedade posso estar trazendo para muitos simpatizantes da literatura de Chico Xavier, que sempre admirei sem endeusar. A maioria não aceita a verdade, mesmo que ela seja pura e cristalina, mesmo que constitua um axioma já estabelecido. Assim, prefiro dizê-la a me enleiar nas teias da mentira ou da falsidade, pois é o único caminho que conheço para situar-me além da hipocrisia e a única forma de resguardar a Doutrina Espírita da exposição ao ridículo.

"As imposturas científicas dos mercantilistas espíritas não são problema desde que venda livros. Minha tarefa assumida volutariamente, sem peias federativas ou de qualquer instituição, tem sido exatamente abrir conciências para um pensar espírita na visão da estrutura montada durante a Codificação Kardeciana. Assim, não devemos a ninguém qualquer fidelidade, salvo ao processo de Construção do Conhecimento Espírita e às nossas próprias consciências. Creio que este tópico me serve bem para desconstruir os mitos miticóides bastante difundidos tanto no meio espírita como também no científico, entre os Físicos, Astrônomos e entre os praticantes de outras Ciências, que usam informações erradas como alicerce para construir suas teorias infundadas, que trazem muitos malefícios à humanidade. A mentira e a falsidade em qualquer situação é uma depravação para a alma como costumava escrever Antonio Genovesi, que também aprecio." - (Alpha)

Emmanuel, segundo tudo indica, parte da suposição de Buffon, muito aceita até os anos 50. Vendo que todos os planetas se movem na mesma direção, percorrendo o espaço do Ocidente para o Oriente, e aparentemente no mesmo plano, com órbitas que não vão além dos 7º de arco, concluiu Buffon, a partir dessa uniformidade que hão de ter sido postos em movimento pela mesma causa. Formulou então, a suposição de sendo o Sol, uma massa incandescente em fusão, um Cometa se haja impactado com a superfíce dele, arrancando uma porção que se dividiu em muitos fragmentos, cada qual dando origem a um dos planetas. Assim a Terra teria se formado de matéria desprendida da nebulosa solar.

A Teoria de Buffon contém muitos erros, inclusive de cálculos. Ao seu tempo, somente se conheciam seis planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno. Outros foram descobertos algum tempo depois. São absolutamente inexatos também os cálculos realizados por Buffon acerca do resfriamento da Terra. É sabido hoje, por dados rigorosamente precisos, obtidos pela experimentação que, em virtude da espessura da Terra, há muito o calor interno não contribui para a temperatura da superfície mais externa e da atmosfera. Outras são as causas das variações observadas.

Portanto, é perfeitamente descartável a Teoria de Buffon.



Assim como os demais planetas do Sistema Solar, a Terra foi provavelmente originada através de uma força gravitacional que condensou diversos materiais preexistentes no espaço, os mesmos que fizeram nascer o Sol. A idade dos planetas podem não ser a mesma do Sol, apenas pelo tempo em que ocorreu a condensação. Tais materiais foram constituídos de partículas como poeira cósmica e gás (fundamentalmente hidrogênio). Muitos elementos químicos formados entraram nesta composição, sendo que os elementos mais densos tenderam a permanecer no centro deste redemoinho gravitacional. Por outro lado, os elementos menos densos, os gases, permaneceram na superfície deste redemoinho. As temperaturas do núcleo do redemoinho permaneceram bastante elevadas e baixavam gradualmente nas regiões que se aproximavam da superfície. Ainda hoje, os resquícios destas origens podem ser observados: o núcleo da Terra é constituído de materiais como o níquel e o ferro, em estado ígneo.

A imagem que exibida acima, segundo uma concepção computadorizada (utilizando dados reais enviados pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa), mostra um planeta se formando na zona habitável da estrela codificada como HD 113866, QUE TEM APENAS 10 MILHÕES DE ANOS - idade considera ideal para a formação de planetas do tipo terrestre. A quantidade de "matéria-prima" observada é suficiente para formar um planeta talvez maior do que Marte. O fato é notável porque demonstra com sobras, que a Terra muito provavelmente tenha se formado de um modo bem parecido.

Uma nebulosa planetária é um objeto constituído por um invólucro brilhante de gases e plasma, formado por certos tipos de estrelas no período final do seu ciclo de vida. Não está de todo relacionada com planetas, uma vez que seu nome resulta de uma suposta similitude com a aparência que apresenta em muitos casos com planetas gigantes gasosos. As nebulosas desempenham um importante papel na evolução química das estrelas e até mesmo das galáxias. É rica em carbono, azoto, oxigênio e cálcio, originários de nucleossíntese a partir do hidrogênio.



Algo mais nos chama a atenção no texto extraído do livro “A Caminho da Luz” é a informação que antecipava a vinda de Jesus à face da Terra. Somos levados pelo método que utilizamos de leitura crítica à formulação de algumas questões, cujas respostas deixamos para o leitor:

para saber mais acione um dos links: http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/A_ERA_DO_ESPIRITO_-_Portal/Pagina_Inicial/Chamada/Indice_1.html

http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/A_ERA_DO_ESPIRITO_-_Portal/ARTIGOS/Indice/INDICE_ArtigosAN.html )

Qual a fonte original que Emmanuel utilizou para dar essa informação?
Diz ele: "me foi dado saber ..."


Que Espírito poderia ter tal informação? No mínimo deveria ser tão evoluído ou mais que Jesus do contrário não estaria alí.


Por que somente um Espírito fez tal "revelação" e por que os Espíritos Superiores não tocaram no assunto na Codificação?

Onde se aplica o critério de universalidade para, em parte, validar a informação?
Dizemos em parte porque faltam "O Crivo da Razão e da Lógica" .
Ver mais detalhes no site:
http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/A_ERA_DO_ESPIRITO_-_Portal/ARTIGOS/ArtigosGRs/O_CRIVO_DA_RAZAO.html

É confiável o que vem de um único Espírito?

Um Espírito comum poderia ter o privilégio de conhecer os designios divinos a ponto de notificar a vinda de um Espírito de tal envergadura para presidir os destinos espirituais da humanidade planetária?

Podem até alegar alguns: por acaso Emmanuel não é um Espírito Superior? Isto nos leva a outros questionamentos:

Quem por acaso conhece os referenciais divinos que demarcam o limite na "linha evolutiva" que permite considerar este ou aquele Espírito como sendo Puro?

Espírito Puro não é a mesma coisa que Espírito Superior. Enquanto a pureza é absoluta, a superioridade é relativa. Então...

Seria Emmanuel um Espírito Puro?

Muitos sustentam que sim, mais aí retornamos à mesma questão acima: quem pode garantir que ele de fato seja puro, senão outro Espírito Puro ou mesmo Deus?


Emmanuel no livro A CAMINHO DA LUZ, cap. I, A Gênese planetária, subcap. A Criação da Lua

A origem da Lua é um outro problema. A hipótese atualmente mais aceita, uma vez que todas as outras foram descartadas por apresentarem grandes senões, é conhecida como “hipótese de grande impacto”, explicada resumidamente assim: um planetésimo mais ou menos do tamanho de Marte, chocou-se com a Terra logo após sua formação, destruindo uma grande parte do material que o constituia, além de uma parte da Terra primitiva. O núcleo férrico, que fazia parte desse planetésimo foi absorvido pela Terra, enquanto o que restou deu origem à Lua atual. A hipótese do impacto apresenta vários fatores a seu favor, por exemplo, explica as diferenças geofísicas existentes entre a Terra e a Lua, bem como as idades diferentes que aparentam. A idéia defendida por Emmanuel é que a Lua teria se originada da Terra, o que é contestado pela ciência.

Na próxima postagem veremos o problema do surgimento do hidrogênio na Terra.